terça-feira, 18 de junho de 2013

entrevista

1 – Para início de conversa: Quem é o Roberto Rodrigues de Menezes?




2 – Como aconteceu o seu contato com o mundo das palavras?



3 – Apesar das mudanças ocorridas nos últimos tempos, o homem moderno ainda é um ser que se comporta cindido entre a razão e o coração. A sociedade privilegia o homem mediano, aquele que teme o novo e se enquadra às regras sociais, culturais e econômicas existentes. De tal modo que, a exemplo do personagem Fernão Capelo Gaivota, todo aquele que procura escapar às amarras sociais é logo rotulado de diferente e sofre a pressão de seus pares para que não questione aquilo que está estabelecido – o “status quo”. O escritor português José Saramago afirmou, certa vez, que a literatura não muda ninguém, ainda que as pessoas pensem que um livro as tenha transformado. No prefácio de seu livro “Rememórias”, o senhor escreve “Se esses textos conseguirem propiciar ao leitor alguns momentos de amenidade descompromissada (grifo nosso), lograram alcançar o seu objetivo. A partir dessas colocações, A Travessia da Palavra questiona: afinal, qual a função da arte literária?



4 – Consequência da questão anterior: a leitura muda comportamento?



5 – As raízes açorianas modelaram a cultura do litoral catarinense. O senhor assim caracteriza essa região: “Gente simples, de falar brejeiro e hábitos bem característicos”. As novas gerações sofrem forte influência da internet e poucos são os que se interessam em aprender o ofício (renda, crivo etc.) de seus antepassados. Diante dessa conjuntura, o senhor acredita que a cultura açoriana vem, paulatinamente, perdendo força no cenário catarinense?



6 – Em seu livro “Rememórias” o senhor assim define o tempo: “O tempo passou, enferrujando as coisas e os sonhos”. Noutra passagem, o senhor afirma: “O tempo enferruja a vida e a vontade”. Ser um sujeito “acomodado” é uma condição inexorável do ser humano?



7 – O escritor argentino Jorge Luis Borges escreveu: “Todos os caminhos levam à morte. Perca-se”. Viver é correr riscos?



8 – Em seu livro “Castelo Azul”, o senhor escreve: “Ser antigo não quer dizer ser antiquado, pois ainda dispomos de produções clássicas maravilhosas, que começam a rarear em vista do contexto, tempo, pressa, da ciência virtual que não se coaduna muito com madrigais e lírica métrica”. A cultura de massa “coisifica” o ser humano, não há dúvidas. Como escapar desse “fatalismo”?



9 – Os meios de comunicação teimam em afirmar que o brasileiro lê pouco. No entanto, de um modo geral, os escritores que não estão na “vitrine” da grande mídia, sofrem para divulgar os seus livros. Como o senhor avalia o cenário editorial em Santa Catarina?



10 – Que pergunta o senhor gostaria de responder e que não lhe foi feita?



11 – A Travessia da Palavra é um blog livre. Portanto, expresse o que o senhor gostaria de dizer e nunca teve a oportunidade. Afinal, a liberdade de expressão não pode ser simples retórica.



12 – Como as pessoas podem contatar o senhor? Site, blog, e-mail, fone...